Milla

nosso amor canino, a cachorra mais linda do mundo

Milla foi resgatada em 2012 pela polícia e encaminhada à DIBEA/CCZ de Floripa.
Segundo a polícia, ela vivia acorrentada numa corrente super pequena, sem abrigo, sem água e sem comida.
Na época, estimamos que sua idade fosse de uns 15 anos, mas acredito que estávamos errados. Ela era apenas maltratada mesmo. Envelheceu pelo sol, pela desnutrição, pelo medo, pelo sofrimento..
Estava bem ruizinha, e certamente não sobreviveria num canil, pois onde há muitos cães, as brigas ocorrem com frequência e os mais velhos são sempre os primeiros a serem mortos.
Pela situação dela, até achamos que ela morreria de qualquer forma. Estava esquelética, cheeeeeia de tumores, com otite crônica, um bafo de fazer defunto levantar e um olhar vazio.
Nosso coraçãozinho mole não permitiu que ela morresse lá, sem amor. Resolvemos que ela morreria na nossa casa.
A resgatamos para dar seus últimos dias de vida com amor e dignidade. Pra nossa surpresa, ela se transformou em outra cachorra! Rejuvenesceu, engordou, brincava, corria.. Merecia um lar! A divulgamos para adoção por 1 ano, mas o preconceito com os vovôs é muito grande. Desistimos e a adotamos.
Ela viveu bem por aproximadamente 2 anos até que começou a definhar e definhar e definhar. Obviamente numa cadelinha cheia de tumores e que passou a vida toda sem o mínimo de cuidados, mesmo sendo tão frágil e pequeninha, seu corpinho cansaria, mas descobrimos que ela é diabética (doença comum em poodles, mas que não tinha apresentado sinais logo após seu resgate). Começamos seu tratamento.
Ficou completamente cega, sua diabetes é super descontrolada (mesmo com aplicação de insulina diária) e há uns 3 anos acompanhamos seu dia a dia com zelo e amor, pra que, no dia que ela decida partir, ela vá bem.
Ela continua com tumores, com otite crônica, com bafo de levantar defunto e solta pum toda vez que faz xixi e que a pegamos no colo. Reclama quando demoramos a levantar. Briga comigo quando vou tirar seu sangue pra medir a glicemia, mas são raras as vezes que reclama quando é seu papai humano quem faz isso. Resmunga quando faz xixi na cama, porque obviamente ela quer uma cobertinha limpinha. Dá uma cambaleada pra levantar. Faz xixi no meio da sala. Faz cocô no meio da sala. Adora sua raçãozinha. Perdeu vários dentes. Às vezes cai ou pisa dentro da bacia de água. Fica irritadíssima quando limpo seu ouvido. Diariamente a observamos de longe e assustados pra ver se ela está respirando. É a cachorra que mais me dá trabalho, apesar de dormir mais de 20h por dia.
Se ela estivesse no meio de 100 cães para adoção, sabe qual eu adotaria? Ela! Simplesmente porque é ela quem mais precisa! Porque seria ela a mais rejeitada. Porque seria ela a invisível a muitos olhos.
O amor não é só buscar preencher o nosso próprio vazio, é nos doarmos pra preenchermos o que o outro precisa. Amor não é só pensar em mim, é pensar no outro. Amor não é querer um cão perfeito pra minha casa, é aceitar o cão com todos os defeitos que ele tem. Amor é aceitar, é transformar, é lutar, é enfrentar as dificuldades, é ir até o fim por mais difícil que seja o caminho.
Tá faltando amor no mundo e também na hora da adoção! Ouvimos exigências tão supérfluas dos adotantes..
Vidas poderiam ser salvas se houvesse mais amor. Há centenas de vovôs e vovós, nos abrigos e nas ruas, esperando por amor e pela sua aceitação. Ajudem a transformar suas vidas?
Outro caso, abaixo
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