Era uma tarde de sábado.
Um bando dos pássaros passava o tempo a procurar alimento e a brincar na
estrada principal.
De repente, um caminhão grande passou apressadamente, e aconteceu a
coisa mais triste... um dos pássaros ficou morto na estrada.
Embora este pássaro já estivesse morto, um outro pássaro voou sobre ele
imediatamente, como um membro da família, incapaz de aceitar a verdade.
Logo após, um outro carro passou e fez com que o corpo do pássaro morto
girasse com o vento. O pássaro amigo observou o movimento.
Como pensou que este estivesse ainda vivo, voou rapidamente para perto dele de novo.
Um outro carro passou por perto. Ele voou rapidamente para sair dali.
Quando o carro já tinha ido, ele desceu outra vez.
Ele não desistiu e tentou fazer o seu melhor para conseguir levantá-lo,
para vê-lo de novo a voar. Tinha usado toda a sua energia.
Um outro carro passou por perto, o seu corpo inanimado girou outra vez
como se ainda estivesse vivo e tentando voar.
No entanto o fotógrafo disse que não conseguiu continuar registrando apenas
pois ficou preocupado com o pássaro vivo, que poderia ser ferido, também.
Assim, pegou o pássaro morto e deixou-o no passeio.
O pássaro amigo ainda estava em cima de uma árvore ali próximo,
cantando como se estivesse chorando e ali ficou.
Eles também sentem! Confiram a sequencia das fotos.........
Fonte desconhecida, recebido por email em 2006
Agora imagine como eles se sentem, vivendo a vida toda numa gaiola.
A morte é agressiva em todas as suas esferas. Seja no acidente que ninguém esperava, seja no ventre da mãe, seja no paciente terminal, seja no cidadão com morte cerebral declarada, seja no inconsequente que vivia brincando com a vida, seja no idoso de quase 100 anos. Não interessa. Ela assola, nos deixa devastados, impotentes, perplexos, nos faz tremer e temer. Afinal quando vai chegar nosso dia? Ou pior: quando vai chegar o dia daqueles que amamos?
ResponderExcluirEstar em um velório é algo curioso. O morto não é só aquele que está dentro do caixão, imóvel. Morrem também várias pessoas ao redor. Sim, elas respiram, andam, falam, seus corações ainda batem. Mas uma parte... aliás, me arrisco a dizer: uma GRANDE PARTE é enterrada junto com o ente querido. Os sonhos, as risadas, os planos, os abraços, a voz, o aconchego, a alegria. Vai tudo embora. Sorte a nossa que nos restam as lembranças boas, ainda que em certos momentos evitamos até lembrar. Machuca demais.
Sei que nossa esperança é renovada em Jesus. Sei que estamos aqui de passagem, sei que existe um céu e uma vida eterna de alegrias para aqueles que acreditam na salvação em Cristo. Mas sou de carne, osso e emoções. Enquanto estiver aqui na Terra vou sofrer, vou chorar, vou sentir, vou inconformar com a morte.
Sempre que alguém que eu amo morre, uma parte de mim vai junto. E ainda que o tempo passe e novos amores surjam, esse pedaço nunca volta, nunca regenera. Ele se vai pra sempre.
E por enquanto é assim que eu vou vivendo.
Com meus buracos, com meus remendos, com minhas falhas.